Imagine-se que está à espera de um elevador. Foi um dia longo e quente. Por fim, o elevador chega, a porta abre lentamente e o elevador está apinhado de gente, embora consiga vislumbrar espaço suficiente para entrar. Entra, chocando com algumas pessoas e volta-se de modo a ficar virado para as portas do elevador.
Enquanto as portas fecham vagarosamente, sente-se com calor e transpirado. De repente, sente uma estocada nas costas. Não diz nada, pois julga ter sido acidental. À medida que o elevador desce, sente outra pontada nas costas. Agora, começa a ficar aborrecido, mas não quer fazer uma cena no elevador.
Sente-se cada vez mais quente e transpirado e só quer sair dali. Começa a sentir-se furioso com a situação e, de repente, aquela pessoa volta a dar-lhe um golpe nas costa. Agora, está prestes a enfurecer-se. Prepara-se para se voltar e amaldiçoar quem quer que aquela pessoa seja. O elevador para, as portas abrem e, quando se volta para dizer umas palavrinhas àquele individuo, percebe que ele é cego e leva uma bengala.
A sua fúria transforma-se, subitamente, em culpa. Em menos de dois segundos a raiva desaparece por completo e dá lugar a uma nova emoção, a culpa.
O que aconteceu à fúria? Desapareceu, como por magia. Tem a capacidade de mudar as suas emoções - e mudá-las rapidamente. Por vezes, é necessário um abanão do exterior, mas pode fazê-lo a partir do interior também. Ao reavalia as situações, pode efectuar alterações emocionais significativas.
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